segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Transfusão Sanguínea

      A pesquisa nesta área precisa ser motivada para possibilitar uma melhor capacitação de médicos veterinários nesta área e melhorias na qualidade e rapidez do atendimento dos animais que necessitam do serviço de hemoterapia.
       Os grupos sangüíneos são definidos por antígenos espécie-específicos presentes na superfície dos eritrócitos. A maior parte dos antígenos é um componente integral de membrana composto por carboidratos complexos associados a lipídeos ou proteínas inseridos na membrana eritrocitária, sendo denominados de glicolipídeos ou glicoproteínas. Entretanto, estes antígenos também podem estar presentes nas plaquetas, nos leucócitos, nos tecidos e em fluídos (soro, saliva) do organismo. Contudo, a especificidade sorológica nestes casos é determinada pela estrutura do carboidrato.
       O conhecimento sobre os tipos sangüíneos de diferentes espécies é de grande importância na medicina veterinária, visto que uma transfusão sangüínea incompatível pode resultar em uma reação transfusional hemolítica severa e até levar o animal à morte, em alguns casos.
Atualmente o cão apresenta cinco grupos sangüíneos compostos por sete determinantes antigênicos, ou seja, DEAs 1 (subgrupos 1.1, 1.2 e 1.3), 3, 4, 5, 7.




          Os tipos sangüíneos dos felinos e as incompatibilidades entre eles, incluindo modo de herança genética, severidade das reações transfusionais, e a incidência de isoeritrólise têm sido estudados durante as últimas duas décadas. O sistema de grupos sangüíneos em felinos possui três tipos: A, B e AB, sendo que este último é muito raro. O tipo A é dominante sobre B (na maior parte dos casos), gatos tipo A podem ser homozigotos AA ou heterozigotos AB. Os animais tipo B são sempre homozigotos BB. A exceção à regra é o grupo AB que é muito raro, mas no qual parece que A e B expressam codominância. Entretanto, os antígenos de superfície eritrocitária deste sistema são diferentes daqueles do sistema ABO humano.
        Os felinos apresentam anticorpos de ocorrência natural (também conhecidos como aloanticorpos) contra o antígeno do tipo sangüíneo que não possuem e o teste de compatibilidade e a tipagem sangüínea se tornam muito importantes na prevenção de reações transfusionais na prática da clínica veterinária. Apenas o felino tipo AB não possui anticorpos de ocorrência natural, portanto pode receber sangue de todos os tipos do sistema e é conhecido como receptor universal entre os felinos.


fonte: Apostila de Análise Clinicas - UFRGS

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