terça-feira, 6 de outubro de 2015

MIielograma

        O exame da medula óssea (mielograma) tem sido amplamente utilizado não apenas no
diagnóstico das doenças do sistema hematopoiético, como as citopenias (anemia, leucopenia e
trombocitopenia), mas também no estadiamento das neoplasias, como o linfoma e as leucemias de origens diversas e na pesquisa de parasitas (Leishmania sp). Além disso, tem sido cada vez mais comum a utilização desta técnica como via para procedimentos terapêuticos (coleta de material e infusão de substâncias).
        Em geral, as indicações para a avaliação da medula óssea surgem após a constatação de
anormalidades observadas no hemograma. Essas anormalidades incluem uma série de alterações que indicam o exame. As indicações primárias para a avaliação da medula óssea de um paciente incluem: 


Anemia arregenerativa: o exame da medula óssea está indicado sempre que existir anemia de característica não regenerativa ou pouco regenerativa.
Leucopenia: a redução no número de leucócitos é outra alteração hematológica na qual o mielograma está indicado. Uma leucopenia pode ser resultado de linfopenia e de neutropenia.
Trombocitopenia: Em muitas situações o mielograma é essencial para se determinar se a trombocitopenia está relacionada a um problema de produção ou de utilização periférica.
A seleção do local para a punção varia de acordo com o animal em questão. O local mais utilizado em pequenos animais é a crista dorsal da asa do ílio. Em animais muito pequenos, como gatos e filhotes de cães, ou ainda em animais excessivamente obesos pode-se usar a fossa trocantérica do fêmur ou o aspecto crânio-lateral do tubérculo maior do úmero. A colheita no úmero talvez seja aquela que ofereça mais facilidade na obtenção do material, porém, a proximidade com a cabeça do animal deve alertar o profissional para o risco de acidentes. Nos grandes animais o local mais utilizado é o esterno podendo o animal ser mantido em estação (eqüinos e bovinos) ou em decúbito lateral (pequenos ruminantes). A costela é outro local de colheita, entretanto, este não tem sido usado com muita freqüência em nossa rotina clínica.

Locais para punção no cão: (1) Tubérculo maior do úmero, (2) Crista ilíaca e (3) Fossa trocantérica do fêmur proximal



Fonte: Apostila de Analises Clinicas - UFRGS

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