O local de punção varia de acordo
com a espécie, quantidade de sangue a ser colhido e a finalidade laboratorial
da amostra.
Eqüinos: Principalmente na veia jugular, quando se deseja
maiores quantidades. Para pequenas quantidades e pesquisa de hemoparasitas
pode-se realizar uma pequena incisão na borda das orelhas, realizando-se o
esfregaço do sangue obtido logo em seguida.
Bovinos: Para obtenção de maiores quantidades, utiliza-se a
veia jugular, a veia mamária e a veia coccígea. Para pesquisa de hemoparasitas
utiliza-se também a borda das orelhas, realizando-se o esfregaço do sangue
obtido logo em seguida
Cães: Quando se deseja realizar pesquisas de hemoparasitas
ou alguns testes sorológicos, como por exemplo para a Leishmaniose Visceral,
realiza-se um pequeno corte na ponta da orelha, recolhendo o sangue em um papel
de filtro no segundo caso e realizando um esfregaço sangüíneo normal no
primeiro. Para obtenção de maiores quantidades de sangue utiliza-se as veias
jugular, cefálica ou safena.
Gatos: Para maiores quantidades, utiliza-se a veia jugular e
cefálica Para pesquisas de hemoparasitas, faz-se o mesmo procedimento que os
outros animais.
Suínos: Veia cava anterior ou seio venoso orbital. Para
pesquisas de hemoparasitas, faz-se o mesmo procedimento que os outros animais.
Técnica de punção
A realização de anti-sepsia no local antes que a agulha seja
introduzida na veia é de suma importância na colheita do sangue. Seria
desejável que a área a ser puncionada fosse depilada antes da anti-sepsia com
álcool ou álcool iodado, mas na rotina hospitalar, este procedimento nem sempre
é feito; sendo resguardado para momentos em que se necessite melhor
visualização do vaso a ser puncionado.
Após a escolha do local adequado e realização da ant-sepsia, faz-se
então o garrote, isto é, a compressão da veia escolhida cranialmente ao local
desejado. Se for necessário, pode-se distender a pele sobre a veia, para que
esse fique mais firme. Em seguida, introduzir a agulha na pele com o bisel
posicionado para cima, puncionando a veia. Soltar o garrote, recolher o sangue,
retirar a agulha e comprimir a região, para evitar a formação de hematomas.
Cuidados a serem observados durante a colheita visando
evitar a hemólise e danos aos leucócitos
• Observar se a
agulha possui diâmetro adequado à quantidade de sangue que se deseja e ao
calibre da veia escolhida;
• Aderir bem a
seringa ao canhão da agulha;
• Deixar o sangue
fluir com o mínimo de vácuo;
• Evitar o
bombeamento do sangue;
• Evitar o excesso de
pressão na seringa, pois isto poderá provocar o colabamento da parede da veia
contra o bisel da agulha;
• Se o sangue parar
de fluir, rotacionar cuidadosamente a seringa e a agulha, procurando
posicionamento mais adequado;
• Em suínos, pode
ocorrer entupimento da agulha por tecido adiposo e coágulos de sangue quando se
tente puncionar mais que uma vez. Este último fato pode acontecer também nos
outros animais, especialmente os pequenos;
• Retirar a agulha da
seringa antes de colocar o sangue no recipiente.
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