Sinais
Clínicos
Os sinais e sintomas
das alterações hemostáticas podem ser brandos ou emergenciais, observando-se
hemorragias puntiformes (petequias), epistaxe, sangramentos gastrointestinais
(hematoquezia e melena), hematêmese, hemorragias oculares, hemartroses,
hematomas.
Testes
diagnósticos
A avaliação
laboratorial deve ser sempre relacionada com a sintomatologia e histórico
clínico. Como exemplo animais com distúrbio de sangramento causado pela Doença
de Von Willebrand apresentam testes de coagulação normais apesar dos sintomas
clínicos, por outro lado, animais com deficiência de fator XII ou deficiência
de précralicreína poderão apresentar testes anormais, mas não apresentar
sangramentos. Os testes de hemostasia podem ser divididos em testes gerais que
avaliam a atividade de todo o mecanismo hemostático (vasculares, plaquetas,
coagulação e resposta fibrinolítica) e testes mais específicos que avaliam os
componentes passo a passo desses processos.
Métodos de coleta
A
veninpunctura inadequada pode acrescentar ao sangue colhido tromboplastina
tecidual ativando fatores de coagulação e plaquetas. Qualquer remoção de sangue
resulta em alguma ativação, por isso para qualquer avaliação laboratorial de
hemostasia, o vaso deve ser puncionado da primeira vez. O uso de seringas
descartáveis é recomendado pois o vidro ativa as plaquetas. Para avaliação dos
fatores de coagulação, deve-se usar sempre plasma, que não seja colhido em
EDTA, pois este evita a coagulação quelando o Ca++ . O soro também não deve ser
utilizado porque é deficiente em fatores I, II, V e tem concentrações reduzidas
de fator XIII e maior concentração de fator IX se comparado ao plasma. O uso de
seringas de plástico e vidros siliconizados é imprescindível na avaliação do processo
hemostático, no sentido de diminuir a superfície de ativação plaquetária e
proteínas de coagulação. O manuseio rápido e cuidadoso do sangue é importante
na avaliação da função plaquetária, estas se deterioram rapidamente quando
retiradas da corrente sanguínea.
Testes gerais
para avaliação da hemostasia
·
Hemostasia geral: Tempo de sangria
·
Perfil de coagulação: Tempo de coagulação /
Tempo de protrombina / Tempo de tromboplastina parcial / Tempo de trombina
·
Atividade plaquetária: Contagem e avaliação plaquetária
/ Retração do coágulo
·
Fibrinólise: Lise do coágulo / Produtos de
degradação da fibrina
Desordens
Hemostáticas
Congênitas
·
Hemofilia A (Deficiência do fator VIII) - Doença hemorrágica ligada ao cromossoma X,
podendo ocorrer em cães, cavalos, gatos e bovinos.
·
Doença de Von Willebrand - Como o nome indica
ocorre por deficiência deste fator, sendo comum em cães das raças Doberman,
Pastor Alemão, Poodle e Schnauzer, suínos e eqüinos.
·
Deficiência do fator VII - Ocorre com alta
incidência em cães da raça Beagle.
·
Deficiência de fator X - Descrito em cães da raça Cocker Spaniel.
·
Deficiência de fator XI - Observado em bovinos e cães da raça
Springer Spaniel.
·
Hipoprotrombinemia - Comum em cães da raça Boxer.
Adquiridas
·
Deficiência de vitamina K - Intoxicação por
veneno de rato (Warfarina) / Em suínos devido a tratamento prolongado com
antibióticos.
·
Doença hepática - Diminuição da síntese de
fatores de coagulação, Não remoção de produtos de degradação da fibrina, Má
absorção de vitamina K.
·
Glomerulonefrite - Perda de antitrombina 3.
FONTE: Apostila de Patologia Clínica - UFMG
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